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domingo, 8 de maio de 2011

Ser vegano não o torna melhor do que ninguém

Há, certamente, bons motivos para se ter uma dieta vegetariana. Mas não extrapolemos: ser vegetariano não garante a vida eterna nem o torna superior.

Muitas pessoas devem ficar confusas quando se deparam com afirmações de que Jesus foi vegetariano. Se você é católico, vai se questionar: “Também devo ser?”. Algumas vertentes do movimento vegetarianista tentam passar a idéia de que não se alcança a plenitude consumindo-se carnes como alimento. Baseiam-se, entre outros, numa pequena lista de santos católicos que teriam vivido o ascetismo e o vegetarianismo. Lendo alguns textos sobre dieta vegetariana na internet, me deparei com essas idéias e fiquei confuso e, algumas vezes, estarrecido com tanta baboseira.
Confesso que gostaria de ter uma dieta crudivorista, não com o intuito de virar santo, mas por sentir que é mais apropriada ao meu corpo. A tentativa de arrebanhar mais adeptos ao vegetarianismo usando a Bíblia, o próprio Jesus Cristo e os santos católicos como argumento mais prejudica do que ajuda. Ainda mais, quando é óbvia a incapacidade desses naturebas em interpretar corretamente o livro sagrado. O sentimento de superioridade de certos veganos em relação aos que comem carne é sinal de ignorância, intolerância e falta de gratidão a Deus. É preciso ser grato a Deus por todas as criaturas. Os seres que nos servem de alimento, sejam animais ou vegetais, também podem se sentir gratos em dar a vida para nos alimentar, por que não? E os vegetais, como ficam? Os vegetais têm vida e morrem para nos alimentar. Os insetos têm vida e morrem para alimentar milhões de pessoas na Ásia.
Quem vale mais no Reino de Deus: as bactérias, os insetos, as plantas, os animais ou os homens?
Resistir às tentações da carne, em todos os sentidos, é bom – faz bem à saúde física, mental e espiritual –, mas não as garante.
Por que não faz sentido colocar Jesus nessa história de vegetarianismo? Porque crer em Jesus Cristo é uma questão de fé, pura fé. Não há evidências concretas nem se Ele, realmente, existiu; e ficam querendo provar que Ele não comia carnes, com base em poucas passagens da Bíblia. Diga-se, de passagem: pouquíssimas pessoas conseguem ler e interpretar a Bíblia corretamente. As pessoas a interpretam conforme suas conveniências. Não me atrevo a afirmar nada, pois sou um dos que não têm um mínimo conhecimento sobre Bíblia, mas não tenho conhecimento de nenhuma passagem que pregue com clareza uma dieta vegetariana.
Não conheço nenhum santo católico que tenha usado o vegetarianismo como bandeira para se alcançar a santidade. Não comer carne não é nem nunca será condição sine qua non para tal. Diz-se que alguns foram vegetarianos, mas a grande maioria dos santos comeu carne. Se não comeram, ficaram quietinhos. Nenhum deles saiu dizendo: “Ser vegetariano é o único caminho! Quem come carnes não alcança a plenitude”.
Diz-se que Hitler foi vegetariano e olha o que ele produziu: muita desgraça e dor! Poderia dizer que era um insano mental porque era vegeta? Não! Portanto, justificar essa dieta afirmando superioridade espiritual é, no mínimo, uma leviandade.
É preciso respeitar os animais que morreram para nos alimentar. Da mesma forma, é preciso respeitar as plantas e as pessoas que trabalharam para produzi-los. Isso significa não desperdiçar alimentos, não comer em demasia e, o mais importante de tudo: Agradecer a Deus, tendo consciência de que não merecemos o alimento que comemos.
Os veganos radicais e intolerantes, defensores dos direitos dos animais, deveriam pensar na possibilidade de não comerem vegetais. Quando conseguirem viver de luz, aí sim, terão alcançado a plenitude. Peter Singer deveria ser o primeiro deles. Para esse suposto filósofo, uma galinha viva vale mais que um feto no útero materno. Singer é defensor dos animais e a favor do aborto. Leiam a entrevista do Peter Singer à Revista Época. Ele também defende que todo trabalhador seja obrigado a entregar, pelo menos, 10% do seu rendimento para os pobres do mundo. Pelo menos, é o que está dito na Wikipédia.
Peter Singer e Hitler são provas, uma viva e outra morta, de que ser vegano pode até melhorar a saúde física, mas a mental e a espiritual...
Recomendo a leitura do artigo escrito por Olavo de Carvalho 'Meditação do Dia de Ação de Graças'.

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