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quarta-feira, 20 de março de 2013

O que é o inferno?

Estava lendo um artigo na página do Veritatis Splendor sobre o que vem a ser inferno. O artigo foi escrito em 1957 e dá uma ótima visão e entendimento mais maduro do que seria o inferno. Reproduzo o texto, a seguir:

O inferno? Quase ninguém mais acredita nele!
Por D. Estêvão Bettencourt

A razão por que muitos em nossos tempos não acreditam no inferno, é que nunca tiveram explicação exata do que ele significa: é freqüente conceber-se o inferno como castigo que Deus inflige de maneira mais ou menos arbitrária, como se desejasse impor-se vingativamente como Soberano Senhor; o réprobo seria atormentado maldosamente por demônios de chifres horrendos, em meio a um incêndio de chamas, etc. — Não admira que muitos julguem tais concepções inventadas apenas para incutir medo; não seriam compatíveis com a noção de um Deus Bom.

Na verdade, o inferno não é mais do que a conseqüência lógica de um ato que o homem realiza de maneira consciente e deliberada aqui na terra; é o indivíduo quem se coloca no inferno (este vem a ser primàriamente um estado de alma; vão seria preocupar-se com a sua topografia); não é Deus quem, por efeito de um decreto arbitrário, para lá manda a criatura, É o que passamos a ver.

Admitamos que um homem nesta vida conceba ódio a Deus (ou ao Bem que ele julgue ser o Fim último, Deus) e O ofenda em matéria grave, empenhando toda a sua personalidade (pleno conhecimento de causa e liberdade de arbítrio); essa criatura se coloca num estado de habitual aversão ao Senhor. Caso morra nessas condições, sem retratar, nem mesmo no seu íntimo, o ódio ao Sumo Bem, que sorte lhe há de tocar?

A morte confirmará definitivamente nessa alma o ódio de Deus, pois a separará do corpo, que é o instrumento mediante o qual ela, segundo a sua natureza, concebe ou muda suas disposições. Depois da morte, tal criatura de modo nenhum poderá desejar permanecer na presença de Deus; antes espontaneamente pedirá afastar-se d'Ele. Não será necessário que, para isto, o Juiz supremo pronuncie alguma sentença; o Senhor apenas reconhecerá, da sua parte, a opção tomada pela criatura ; Ele a fez livre e respeitará esta dignidade, em hipótese nenhuma forçando ou mutilando o seu alvitre.

Eis, porém, que desejar afastar-se de Deus e permanecer de fato afastada, vem a ser, para a alma humana, o mais cruciante dos tormentos. Com efeito, toda criatura é essencialmente dependente do Criador, do qual reflete uma imagem ou semelhança; por conseguinte, ela tende por sua própria essência a se conformar ao seu Exemplar (é a natureza quem o pede, antecedentemente a qualquer opção da vontade livre); caso o homem siga esta propensão, ele obtém a sua perfeição e felicidade. Dado, porém, que se recuse, a fim de servir a si mesmo, não pode deixar de experimentar os protestos espontâneos e veementíssimos da natureza violentada. A existência humana torna-se então dilacerada: o pecador sente, até nas mais recônditas profundezas do seu ser, o brado para Deus; esse brado, porém, ele o sufocou e sufoca, para aderir a um fim inadequado, fim que, em absoluto, ele não quer largar apesar do terrível tormento que a sua atitude lhe causa. — Na vida presente, a dor que o ódio ao Sumo Bem acarreta, pode ser temperada pela conversão a bens aparentes, mas precários..., pela auto-ilusão; na vida futura, porém, não haverá possibilidade de engano!

É nisto que consiste primariamente o inferno. Vê-se que se trata de uma pena infligida pela ordem mesma das coisas, não de uma punição especialmente escolhida, entre muitas outras por um Deus que se quisesse “vingar” da criatura. Em última análise, dir-se-á que no inferno só há indivíduos que nele querem permanecer. — A este tormento espiritual se acrescenta no inferno uma pena física, geralmente designada pelo nome de fogo; certamente não se trata de fogo material, como o da terra, mas de um sofrimento que as demais criaturas acarretam para o réprobo, e acarretam muito naturalmente. Sim; quem se incompatibiliza com o Criador não pode deixar de se incompatibilizar com as criaturas, mesmo com as que igualmente se afastaram de Deus (o pecador é essencialmente egocêntrico), de sorte que os outros seres criados postos na presença do réprobo vêm a constituir para este uma autêntica tortura (não se poderia, porém, precisar em que consiste tal tormento).

Por último, entende-se que o inferno não tenha fim ; há de ser tão duradouro quanto a alma humana, a qual por sua natureza é imortal; Deus não lhe retira a existência que lhe deu e que, em si considerada, é grande perfeição. Embora infeliz, o réprobo não destoa no conjunto da criação, pois por sua dor mesma ele proclama que Deus é a Suma Perfeição, da qual ele se alheou (é preciso, nos lembremos bem de que Deus, e não o homem, é o centro do mundo).

Não se pense em nova “chance” ou reencarnação neste mundo. Esta, de certo modo, suporia que Deus não leva a sério as decisões que o homem toma, empenhando toda a sua personalidade; o Senhor não trata o homem como criança que não merece respeito. De resto, a reencarnação é explicitamente excluída por textos da Sagrada Escritura como os que se acham citados sob o no 8 deste fascículo.

Eis a autêntica noção do inferno, que às vezes é encoberta por descrições demasiado infantis e fantasistas.

Veja, a propósito, E. Bettencourt, A vida que começa com a morte (ed. AGIR) Cap. VI.

Fonte: Revista Pergunte e Responderemos. No. 03, Julho de 1957. Pág. 10-12.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Depressão e exercícios aeróbicos

Pode-se combater os males da depressão de várias maneiras. Qual é a melhor? Todas quantas você puder fazer. Alimente-se corretamente, exponha-se ao sol, tome medicamentos, leia, reze, medite, aprenda a respirar corretamente, trabalhe, pinte, borde, ame e faça exercícios físicos (yoga, natação, caminhadas, artes marciais). Lembre-se: para dar resultado tem que fazer um pouco de tudo todos os dias.

Isso quer dizer que: Todos os dias você tem que comer, correto? De preferência, umas 6 (seis) vezes ao dia, correto? Então você deve trabalhar todos os dias, se exercitar todos os dias (seja que exercício for por pelo menos meia hora), caminhar ao sol todos os dias, meditar todos os dias, orar a Deus todos os dias (agradeça pelo que tem).

Se você fizer, pelo menos isso, todos os dias, garanto que deixará de tomar remédios todos os dias. Eu garanto! Mas se você falhar um único dia, já não garanto mais nada. Ou é todo dia ou não funciona.


Ouça o áudio de Luis Fernando Correia, na CBN:

domingo, 8 de maio de 2011

Ser vegano não o torna melhor do que ninguém

Há, certamente, bons motivos para se ter uma dieta vegetariana. Mas não extrapolemos: ser vegetariano não garante a vida eterna nem o torna superior.

Muitas pessoas devem ficar confusas quando se deparam com afirmações de que Jesus foi vegetariano. Se você é católico, vai se questionar: “Também devo ser?”. Algumas vertentes do movimento vegetarianista tentam passar a idéia de que não se alcança a plenitude consumindo-se carnes como alimento. Baseiam-se, entre outros, numa pequena lista de santos católicos que teriam vivido o ascetismo e o vegetarianismo. Lendo alguns textos sobre dieta vegetariana na internet, me deparei com essas idéias e fiquei confuso e, algumas vezes, estarrecido com tanta baboseira.
Confesso que gostaria de ter uma dieta crudivorista, não com o intuito de virar santo, mas por sentir que é mais apropriada ao meu corpo. A tentativa de arrebanhar mais adeptos ao vegetarianismo usando a Bíblia, o próprio Jesus Cristo e os santos católicos como argumento mais prejudica do que ajuda. Ainda mais, quando é óbvia a incapacidade desses naturebas em interpretar corretamente o livro sagrado. O sentimento de superioridade de certos veganos em relação aos que comem carne é sinal de ignorância, intolerância e falta de gratidão a Deus. É preciso ser grato a Deus por todas as criaturas. Os seres que nos servem de alimento, sejam animais ou vegetais, também podem se sentir gratos em dar a vida para nos alimentar, por que não? E os vegetais, como ficam? Os vegetais têm vida e morrem para nos alimentar. Os insetos têm vida e morrem para alimentar milhões de pessoas na Ásia.
Quem vale mais no Reino de Deus: as bactérias, os insetos, as plantas, os animais ou os homens?
Resistir às tentações da carne, em todos os sentidos, é bom – faz bem à saúde física, mental e espiritual –, mas não as garante.
Por que não faz sentido colocar Jesus nessa história de vegetarianismo? Porque crer em Jesus Cristo é uma questão de fé, pura fé. Não há evidências concretas nem se Ele, realmente, existiu; e ficam querendo provar que Ele não comia carnes, com base em poucas passagens da Bíblia. Diga-se, de passagem: pouquíssimas pessoas conseguem ler e interpretar a Bíblia corretamente. As pessoas a interpretam conforme suas conveniências. Não me atrevo a afirmar nada, pois sou um dos que não têm um mínimo conhecimento sobre Bíblia, mas não tenho conhecimento de nenhuma passagem que pregue com clareza uma dieta vegetariana.
Não conheço nenhum santo católico que tenha usado o vegetarianismo como bandeira para se alcançar a santidade. Não comer carne não é nem nunca será condição sine qua non para tal. Diz-se que alguns foram vegetarianos, mas a grande maioria dos santos comeu carne. Se não comeram, ficaram quietinhos. Nenhum deles saiu dizendo: “Ser vegetariano é o único caminho! Quem come carnes não alcança a plenitude”.
Diz-se que Hitler foi vegetariano e olha o que ele produziu: muita desgraça e dor! Poderia dizer que era um insano mental porque era vegeta? Não! Portanto, justificar essa dieta afirmando superioridade espiritual é, no mínimo, uma leviandade.
É preciso respeitar os animais que morreram para nos alimentar. Da mesma forma, é preciso respeitar as plantas e as pessoas que trabalharam para produzi-los. Isso significa não desperdiçar alimentos, não comer em demasia e, o mais importante de tudo: Agradecer a Deus, tendo consciência de que não merecemos o alimento que comemos.
Os veganos radicais e intolerantes, defensores dos direitos dos animais, deveriam pensar na possibilidade de não comerem vegetais. Quando conseguirem viver de luz, aí sim, terão alcançado a plenitude. Peter Singer deveria ser o primeiro deles. Para esse suposto filósofo, uma galinha viva vale mais que um feto no útero materno. Singer é defensor dos animais e a favor do aborto. Leiam a entrevista do Peter Singer à Revista Época. Ele também defende que todo trabalhador seja obrigado a entregar, pelo menos, 10% do seu rendimento para os pobres do mundo. Pelo menos, é o que está dito na Wikipédia.
Peter Singer e Hitler são provas, uma viva e outra morta, de que ser vegano pode até melhorar a saúde física, mas a mental e a espiritual...
Recomendo a leitura do artigo escrito por Olavo de Carvalho 'Meditação do Dia de Ação de Graças'.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Abaixo o politicamente correto e as políticas afirmativas

Começo comentando sobre essa bobagem de 'politicamente correto', pois não vou medir palavras nas minhas escritas. Não permitirei que os socialistas totalitaristas adeptos do 'politicamente correto' venham deturpar o que escreverei. O que os defensores dessas ações fazem é promover o ódio entre os homens. Somos diferentes em todos os aspectos: uns são mais bonitos, outros são mais burros; outros são mais fortes; outros são mais gordos; uns têm mais melanina, outros têm menos. Isso é natural. Nesses aspectos, não há nada de errado em se estar num grupo ou n'outro. Entretanto, existe o certo e o errado. Roubar é errado. Matar também. Trair o cônjuge não dá cadeia, mas também está errado - pode dar separação. Sentir-se atraído pelo sexo oposto é natural, pelo mesmo sexo é um desvio. Assim como, zoofilia e necrofilia também são um desvio, ou não são?
Portanto, para uma mente sã, não acreditem nessa mentira de politicamente correto e ações afirmativas. Elas são, na realidade, um culto ao ódio e à desarmonia entre os povos.